A Terra não esta segura em seu silencioso trajeto em torno do Sol. Impactos de asteróides podem destrui-la a qualquer momento! Será que podemos fazer alguma coisa para nos livrar-mos deste perigo? |
Há 65 milhões de anos atras, um grande asteróide do tamanho de uma montanha (10 a 20km) chocou-se contra a Terra na Peninsula de Yucatan México, provocando uma explosão equivalente a 100 milhões de megatons , este evento poderia passar desapercebido por nossa ciência atual, se não fosse o fato deste talvez ter sido a causa da extinção quase total da vida na Terra, na época, os dinossauros. |
Poderia uma colisão como esta acontecer novamente? A resposta é sim. Os cientistas crêem que o impacto de um asteróide medindo apenas 1,5 km, seria o suficiente para causar uma catástrofe em escala global. Antes de 1994, esta questão não era levada tão a sério pelos cientistas, mas quando o geólogo Eugene Shoemaker em companhia de sua esposa e um amigo, descobriram um cometa batizado como SHOEMAKER/LEVI 9 e que iria mais tarde colidir com Júpiter, a comunidade cientifica ficou apreensiva. No entanto, ainda restavam duvidas de que talvez os fragmentos do cometa não causariam algum dano perceptível na superfície do planeta que pudesse ser avistado aqui da Terra. Mas no dia 16 de julho de 1994 o telescópio espacial Hubble pode observar o impacto que superou em muito as expectativas dos cientista, no decorrer da semana seguinte mais de 20 fragmentos chocaram-se contra o planeta gigante liberando chamas capazes de incinerar a Terra. A partir deste evento a Nasa ficou convencida de que realmente estamos em perigo. O Dr. David Morrison, (diretor of space, Nasa Ames), declarou que atualmente os impactos são um risco, uma ameaça e que devemos nos proteger contra eles. Se não aprendermos a nos proteger, então a longo prazo poderemos ser dizimados por um fulminante impacto. Se aconteceu com os dinossauros, pode acontecer conosco. A partir daí, foram realizados congressos científicos onde foram abordados métodos de se tirar os asteróides da rota de colisão com a Terra, e ficou acertado que se for verificado que um grande asteróide esta "caminhando" em rota colisão com a Terra um poderoso foguete russo poderá ser lançado, carregado com uma potente e precisa ogiva americana, para desviar a trajetória do asteróide e sem duvida livrar a Humanidade da extinção. Uma coisa que torna um impacto tão importante em relação a outras ameaças naturais, é que ele é capaz de matar bilhões de pessoas e colocar em risco toda a nossa civilização. Os cientista estimam que asteróides com tamanho suficiente para matar 1/4 da população mundial possam colidir com a Terra a cada 1 milhão de anos. Asteróides menores capazes de destruir uma cidade podem colidir com a Terra a cada 2 ou 3 séculos. ------------- Veja reportagem publicada na revista americana Sky & Telescope Quinta-feira, 21 de março de 2002 Asteróide Causa Preocupações Batizado como o "asteróide do ponto cego", uma rocha espacial do tamanho de um edifício passou pela Terra sem ser notado três semanas atrás. Uma pesquisa celeste automatizada detectou o asteróide 2002 EM7 em 12 de março. Subseqüentes cálculos orbitais determinaram que o asteróide tinha se aproximado da Terra 4 dias antes a uma distância de cerca de 464 mil km, pouco mais que a distância Terra-Lua. Antes da aproximação, o 2002 EM7 estava na direção do Sol (onde os instrumentos não fazem a busca), por isso o apelido "ponto cego". Quando este fato se tornou público, levantou muitas preocupações. Pesquisadores estimaram que o objeto teria de 50 a 70 metros de comprimento máximo, talvez um pouco menor que o objeto que explodiu sobre a região do Rio Tunguska na Sibéria em 1908 e achatou milhares de quilômetros quadrados de floresta. Uma explosão como a de Tunguska sobre uma área populosa sem dúvida causaria danos incríveis. Apesar do 2002 EM7 ter despertado a atenção da mídia, tais aproximações "rasantes" não são incomuns. De acordo com Jim Scotti (Universidade do Arizona), "na verdade objetos do tamanho do que atingiu Tunguska passam mais próximos do que o 2002 EM7 cerca de 25 vezes por ano". Rochas do tamanho do 2002 EM7 passam nas nossas vizinhanças cerca de 100 vezes por ano. Este evento em particular só ganhou as manchetes porque foi realmente observado. Scotti explica que os astrônomos não conseguem registrar todos os asteróides de cerca de 50 metros de diâmetro usando as técnicas de pesquisa atuais. Infelizmente isto não serve como consolo para as pessoas preocupadas com as ameaças que vêm do espaço. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Não adianta ter foguetes poderosos e potentes explosivos, se não se sabe para onde apontar! As agencias espaciais não tem como monitorar todo o céu, e asteróides podem passar desapercebidos e acabar com todos aqui na Terra. Se você já viu um dos filmes - Impacto Profundo ou Armagedom, e pensa que é pura ficção, infelizmente você esta enganado porque esta possibilidade realmente existe. Baseado nestes fatos a Nasa (agencia espacial americana) lançou um programa mundial de observação e rastreamento de cometas e asteróides, denominado Deep Impact, e esta cadastrando astrônomos profissionais e amadores de todo o mundo para poder cobrir o maior numero possível de quadrantes no céu dos dois hemisférios. O Clube de Astronomia de São Gonçalo (Nasa Clube Brasil), gostaria de participar deste importante trabalho, cadastrando o seu observatório e observando durante todas as noites de céu aberto, em busca destes verdadeiros "exterminadores", porém o Projeto da Nasa tem requisitos mínimos para que se possa participar, e estes são: Um
telescópio computadorizado com abertura mínima de 10 polegadas. No momento não possuímos estes equipamentos... Você poderia ajudar o Clube de Astronomia neste sentido? Se sim, por favor entre em contato e nos diga como! Dês de já o Clube de Astronomia, através de seu Presidente Milton Cesar V. Machado, agradece a sua colaboração para com este Projeto e coloca-se a inteira disposição para maiores esclarecimentos no E-mail astro@clubedeastronomia.com.br ou no telefone (21) 9102-0202 - 24horas por dia. Nós agradecemos, e temos certeza de que a Terra também agradece. Milton Cesar V.
Machado |