Biografias
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Ronaldo Rogério de Freitas Mourão O professor Ronaldo autografa o seu livro Manual do Astronomo para o Milton Foi nomeado em
setembro de 1956 Auxiliar de Astrônomo do Observatório Nacional, quando
ainda cursava a universidade. Nesse mesmo ano, o observatório editou as
suas observações do planeta Marte efetuadas antes da sua admissão. Algumas
dessas observações foram reproduzidas em revistas estrangeiras, dentre
elas: L'Astronomie, da Societé Astronomique de France. Em 1960 publicou
seu primeiro trabalho sobre estrelas duplas visuais, e, no ano seguinte,
foi convidado pela União Astronômica Internacional e pela Academia de
Ciências dos EUA para participar do Simpósio sobre Estrelas Duplas Visuais
realizado em Berkeley, Califórnia, EUA. Ainda em 1960, publicou o seu
primeiro livro: Astronomia Popular, edição especial da revista Ciência
Popular.
Em 1962, fez estágio de vinte dias no
Observatoire Royal de Belgique sob a orientação do Dr. S. Arend, quando
publicou sua primeira órbita de estrelas duplas. Em setembro de 1963,
como bolsista do Ministère des Affaires Étrangeres da Bélgica, estagiou
durante um ano no Département de Mécanique Céleste et Astrometrie do Observatoire
Royal de Belgique, onde publicou mais de uma dezena de trabalhos de pesquisa,
teórica e aplicada, sobre estrelas duplas visuais.
Em 1965, iniciou um estágio na França,
como bolsista do Ministère des Affaires Étrangeres, quando então trabalhou
em diferentes observatórios franceses, principalmente nos de Paris, Lyon,
Toulouse, Pic-du-Midi e Haute-Provence.
Em julho de 1967, obteve o título de
doutor pela Universidade de Paris com menção "Très Honorables". Em dezembro
desse ano voltou para o Brasil, reassumindo suas funções como astrônomo
no Observatório Nacional e de Pesquisador no Conselho Nacional de Pesquisa.
Em março do ano seguinte foi nomeado Astrônomo-Chefe da Divisão de Equatoriais.
Em 1970 foi convidado a escrever para o Jornal do Brasil, um dos principais
periódicos brasileiros. Além de artigos normais sobre pesquisas astrônomicas,
iniciou uma série mensal intitulada "O Céu do Mês", que foi publicada
em diversos jornais do Brasil, dentre eles: o Correio do Povo; de
Porto Alegre, e Tribuna da Bahia, de Salvador. No mesmo ano saiu publicado
o seu livro Atlas Celeste, onde apresenta, além de inúmeras cartas celestes,
uma detalhada descrição do céu visível nas latitudes brasileiras; publicou
também um planisfério móvel intitulado Cartas Celestes. Em 1972, passou
a colaborar, também a convite, em O Globo, no qual manteve uma coluna
sobre o aspecto mensal do céu brasileiro até 1976.
Elaborou todos os verbetes sobre Astronomia
e Astronáutica do Novo Dicionário da Língua Portuguesa (1975 e 1986) de
Aurélio Buarque de Holanda. Coordenou os setores de Matemática e Astronomia
da Enciclopédia Mirador Internacional, publicada em 1975 pela Encyclopaedia
Britannica do Brasil. Nessa obra, além dos inúmeros verbetes monográficos
sobre Astronomia, redigiu e desenhou uma uranografia com mais de vinte
e seis pranchas. Em 1977, produziu a série "Céu do Brasil", programas
radiofônicos produzidos para o Projeto Minerva, onde associa fenômenos
e conceitos astronômicos, poesia, folclore e música popular brasileira.
Em 1978, passou a publicar no Jornal do Brasil uma coluna semanal, intitulada
"Astronomia e Astronáutica", onde divulga os mais recentes e importantes
resultados sobre Astrofísica, Cosmologia, Relatividade, Física e Astronáutica,
na atualidade e no futuro. Obteve em 1978, pelo conjunto de seus trabalhos,
o Prêmio José Reis de divulgação científica, do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico.
As suas principais contribuições astronômicas
foram efetuadas no campo das estrelas duplas, asteróides, cometas e estudos
das técnicas de astrometria fotográfica. Participou e apresentou trabalhos
em diversas reuniões científicas nacionais e internacionais.
Possui mais de uma centena de artigos
de pesquisas publicados em diversas revistas internacionais especializadas
em Astronomia e mais de mil ensaios publicados em livros, revistas e jornais.
Além disso já publicou mais de quarenta livros, aos quais se somam cerca
de quarenta livros já editados.
Descobriu em 1971 uma estrela companheira
invisível da estrela dupla visual Aitken 14. Tal descoberta foi confirmada
pelo astrônomo francês P.Baize e pelo astrônomo austríaco J. Hoppmann,
que determinou sua órbita provisória.
Em missões no Observatório Europeu Austral,
em La Silla, no Chile, descobriu, em colaboração com o astrônomo belga
Henri Debehogne, diversos asteróides.
O asteróide 2590 descoberto em 22 de
maio de 1980 foi batizado com o nome Mourão. Segundo o registro feito
em 2 de julho de 1985, no Minor Planet Circular, o nome desse asteróide
"é uma homenagem ao astrônomo R.R. de Freitas Mourão, conhecido por seu
trabalho sobre estrelas duplas, pequenos planetas e cometas. Tem participado
extensivamente do programa de descoberta e observação de pequenos planetas
no ESO - European Southern Observatory e é autor de diversos livros de
divulgação da astronomia. Liderou o processo de fundação, no Brasil, do
Museu de Astronomia".
Primeiro contemplado com o Prêmio José
Reis da divulgação científica, instituido em 1977 pelo CNPq. A comissão
que conferiu o prêmio por unanimidade tinha como presidente o Prof. Dr.
Aristides Pacheco Leão, Presidente da Academia Brasileira de Ciência.
Em 1988, viu o seu Dicionário Enciclopédico
de Astronomia e Astronáutica, com cerca de 20 mil verbetes, unico em seu
gênero no mundo, editado pela Nova Fronteira. Neste mesmo ano, passou
a assinar a coluna "Telescópio", na revista Superinteressante.
Convidado em 1991 para editor-executivo
da revista Novaciência, deixou a Superinteressante para se dedicar à tarefa
de editor. Desde maio de 1992 é cronista de astronomia da TVE, no programa
Curto-Circuito de Victor Paranhos e João Luiz Alburquerque.
Suas atividades como astrônomo, escritor
e ensaista têm estimulado músicos, poetas e escritores. Entre os músicos
vale citar os exemplos de Almeida Prado, nas suas Cartas Celestes e o
de Maria Emília Mendonça, em suas "Viagens Interplanetárias", Os anéis
de Urano. Na poesia devemos citar o poema O Céu de Carlos Drummond de
Andrade e Anti-Universo de Fernando Py.
Pertence a inúmeras associações astronômicas
internacionais, dentre elas a Royal Astronomical Society (Londres), Société
Astronomique de France (Paris), Società Astronomica Italiana, etc... É
membro da Comissão de Estrelas Duplas, Asteróides e Cometas, assim como
de História da Astronomia da União Astronômica Internacional.
Idealizou e fundou, em março de 1984,
o Museu de Astronomia e Ciências Afins, do qual foi seu primeiro diretor
até abril de l989. Em maio de 1994 foi eleito membro honorário do Instituto
Histórico e Geográfico do Brasil. Em janeiro de 1995, foi eleito membro-titular
do Pen Clube, pelo conjunto de seus ensaios científicos literários.
Em abril de 1995, foi eleito por aclamação
membro correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Ceará, em
razão da sua contribuição para o estudo histórico sobre o eclipse total
do Sol, em Sobral, em 1919.
Em 9 de novembro de 1995 foi eleito
para sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro.
Em 25 de janeiro de 1997 foi agraciado
pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo com o colar do
centenário e o respectivo diploma, como destaque cultural do ano de 1996.
Em
25 de janeiro de 1997, foi agraciado pelo Instituto Histórico e Geográfico
de São Paulo com o colar do centenário e o respectivo diploma, como destaque
cultural do ano de 1996.
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